Trajetória Musical
O tecladista Ronaldo Rodrigues por ele mesmo
Meu primeiro interesse por música surgiu na igreja, com o som dos órgãos litúrgicos. Por influência do meu irmão fui, por pura curiosidade, apertando as primeiras teclas e tentando absorver algo do que ele estudava em suas aulas de teclado. Minha insistência e o tempo dedicado ao pequeno teclado eram maiores que o do meu irmão, que de alguma forma me ajudava com o que tinha aprendido. Dali em diante, desenvolveria a habilidade de meu ouvido. Gradativamente, com muita observação, ia me aprimorando. A experiência como ouvinte também se aprimorava - ouvia todo tipo de música popular no rádio e me interessei por música erudita - Beethoven, Mozart, Choppin, Strauss, Tchaikosviki, Vivaldi, Haydin, Hendel, Verdi, etc.
Na escola fui apresentado superficialmente ao rock dos Beatles e a outros contemporâneos, mas nada de rock havia me capturado até que eu completasse 16 anos. No colegial, travei um insólito contato com o Led Zeppelin, através de seu segundo disco ("Led Zeppelin II", de 1969). Aquilo sacudiu minha vida. Conscientemente, decidi buscar tudo que me remetesse àquela sonoridade e àquela forma de fazer rock, que era inédita para mim. "Are You Experienced", da Jimi Hendrix Experience e uma coletânea do Deep Purple foram outros dois marcos muito importantes nesses primeiros anos de descoberta do rock. Quando fui para a faculdade, logo procurei uma banda, o que me ajudaria a fazer amigos e me enturmar. Encontrei a turma certa, que coincidentemente estava precisando de um tecladista e ingressei na banda Bloody Mary. Tocando covers do rock dos anos 1960 e 1970, obtive uma forte noção de conjunto, de como me portar diante do público e a entender tudo que envolve o aparato de uma banda. Em se tratando de música autoral, minha primeira experiência veio com o grupo Massahara, de São Paulo, SP. Colaborei nos arranjos das músicas do repertório da banda e fui o compositor de outras duas músicas que viriam a integrar o único álbum da banda. A gravação do álbum da Massahara foi minha primeira experiência em um ambiente profissional de gravação e também meu primeiro contato com teclados vintage como órgão Hammond, piano elétrico Fender Rhodes e sintetizadores monofônicos. O álbum foi gravado em 2010 e lançado no ano seguinte.
Essa primeira experiência em estúdio me marcou profundamente - desejei, a partir dali, gravar toda a música que existia e que viria a existir em minha mente. As possibilidades de obter a plenitude musical (de execução, de sonoridade, de conceito) em um estúdio vinham de encontro ao meu perfeccionismo. Ainda que eu gostasse (e ainda gosto, obviamente) de estar no meu palco, fui entendendo que o estúdio era meu habitat. A partir dali nos anos seguintes surgiram ótimas oportunidades de estar no estúdio e gravar com parceiros de diversas localidades. Nos anos seguintes consolidei dois projetos de rock progressivo que desfrutam de reputação positiva entre os fãs do estilo - Caravela Escarlate e Arcpelago. A visibilidade que meus grupos alcançaram me renderam convites para integrar projetos bastante relevantes, como a última formação do grupo setentista de rock psicodélico Módulo 1000, e para tocar em importantes ocasiões com o guitarrista Sérgio Hinds (da renomada banda progressiva O Terço), bem como integrar a banda do guitarrista solo Luiz Zamith. Em 2018, minha banda Caravela Escarlate assinou contrato com a gravadora norueguesa Karisma Records para a produção de três álbuns, e assim começou minha inserção no cenário internacional, incluindo distribuição mundial de nosso segundo álbum e resenhas em veículos de mídia especializada ao redor do mundo. No fim de 2019, comecei uma prolífica parceria com o guitarrista e compositor italiano Andrea Gelardini, que originou um projeto colaborativo multinacional, o Blue Rumble, cuja estreia em compacto aconteceu em 2020, ano em que comecei a trabalhar massivamente como session man para músicos dentro e fora do Brasil. De 2021em diante, muitos lançamentos de compactos e álbuns com meus teclados surgiram, no rock e além. 2021 foi um ano de atividades muito intensas, na qual além de muitas gravações online de teclados, gravei meu segundo álbum solo (Vol. II), o disco de estreia do Blue Rumble, um trabalho em parceria com o tecladista Amyr Cantúsio Jr. (Gates of Delirium) e iniciei os trabalhos de gravação do novo disco da Caravela Escarlate (III). Estes trabalhos vieram à luz em 2022 e já repercutem positivamente nas rodas do rock.
2022
Lançamento do disco de estreia do Blue Rumble
Lançamento de "Gates of Delirium" álbum em parceria com o veterano tecladista brasileiro Amyr Cantúsio Jr.
Lançamento de "Vol. II", segundo álbum solo, com várias participações especiais
Lançamento do primeiro compacto promovendo "III", novo álbum da Caravela Escarlate
2019
Lançamento do 1º álbum solo - Volume 1
Relançamento internacional do álbum “Caravela Escarlate” pelo selo norueguês Karisma Records
Participação especial no álbum “And the Celestial Ascensions” da banda Gods & Punks
2018
Lançamento do álbum “Introspecção” de Luiz Zamith
Lançamento do álbum “Ponto de Partida” de Sérgio Filho
Participação especial no álbum “The Wandering Daughgter”
da banda Piah Mater
Participação especial no álbum “Adaptação” do projeto Origens
2017
Lançamento do álbum “Caravela Escarlate” 2º álbum
da Caravela Escarlate
Participação especial no álbum “Patagonia” da banda
Blind Horse
2016
Lançamento do álbum “Simbiose” com o Arcpelago
Lançamento do álbum “Rascunho” da Caravela Escarlate
2015-2011
Lançamento do álbum “Massahara” com a banda Massahara
Participação especial no álbum “Towards the Rising Sun”
da banda Barizon
Participação especial no álbum “Hot Rocks” da banda
The Mothers